Só polícia hidroviária pode dar segurança à navegação na Amazônia

Afirmação é do presidente de entidade nacional de navegação

 

O presidente da Associação Brasileira de Navegação Interior (Abani), armador Dodó Carvalho, disse hoje (9) que só a criação de uma polícia hidroviária federal pode dar segurança à navegação nos rios da Amazônia.

Embora afirme reconhecer o propósito das ações dos governos federal e do Amazonas para combater a pirataria nos rios amazônicos, Carvalho disse que são insuficientes.

“O efetivo é pequeno para a ocupação dos rios. É pouco para a dimensão da Amazônia”, disse.

Conforme ele, proposta de criação da polícia, defendida pela Abini, deve ser mais eficaz, em razão das peculiaridades da região.

“O que existe é um vácuo de ocupação do poder público nos rios, e os delitos que eram cometidos em terra [também] passar para os rios”.

De acordo com Carvalho, os assaltos às balsas petroleiras se intensificaram com o garimpo de ouro no rio Madeira, no Amazonas.

“Até porque todo mundo sabe que os motores usados pelos garimpeiros consomem óleo diesel”.

 

Bases do Amazonas

O Governo do Amazonas pôs em operação neste dia 8 duas bases fluviais de segurança, a Arpão 2 e a Tiradentes. Atualmente, no rio Solimões, já funciona a Arpão 1.

A primeira vai operar entre os rios Negro e Branco, no alto rio Negro. A segunda, no alto Solimões, para reforçar as atividades da Arpão 1, entre os municípios de Tefé e Japurá.

A base Arpão 1, instalada anteriormente, cobre a região do médio Solimões, a partir de Coari até o começo do rio Amazonas, no Encontro das Águas.

Está prevista outra base a ser instalada nas proximidades de Itacoatiara, para monitorar o baixo rio Amazonas e a boca do rio Madeira, por onde trafegam as cargas e passageiros desde Rondônia e passam por Humaitá, Manicoré, Borba, Novo Aripuanã, Nova Olinda do Norte e Autazes.

De acordo com Carvalho, as bases da futura polícia iriam combater assaltantes de carga e passageiros, traficantes de drogas, garimpeiros e contrabandistas de madeira e minérios.

 

Mais custos

Enquanto os planos não se tornam reais, Carvalho disse que o setor gasta mais para se precaver dos ataques. Algumas companhias de navegação contratam suas próprias segurança armada embarcada, ao custo de, ao menos, R$ 70 mil por mês, por empresa.

Para Carvalho, uma polícia com efetivo e infraestrutura atuaria com mais eficácia no combate aos criminosos.

Conforme a proposta da Abani, os postos de fiscalização seriam instalados em áreas estratégicas, com patrulhamento permanente com lanchas blindadas, possantes e armadas.

“Os grandes assaltos a comboios de combustíveis [distribuídos a partir de Manaus] ocorrem no trecho entre Itacoatiara e Parintins e Itacoatiara e Borba, no rio Madeira. E isso sé dá pela falta de policiamento”.

Dois assaltos, um em janeiro e outro em setembro de 2022, causaram à empresa de Carvalho um prejuízo de R$ 3,5 milhões, segundo ele.

De acordo com o armador, por conta dos assaltos, o modal rodofluvial perde cargas para a cabotagem (navios) e os aviões.

Isso ocorre, segundo Carvalho, principalmente nos contratos com as empresas do polo industrial da ZFM (Zona Franca de Manaus).

 

A conta

Nas rodovias e rios da região Norte, de acordo com Carvalho, o prejuízo anual do setor atinge os R$ 100 milhões ao ano, e o alvo principal são os combustíveis.

De fevereiro de 2022 a agosto de 2023 foram roubados 4 milhões de litros de combustíveis na região, segundo o empresário.

 

 

Fonte: BNC

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